Paranaense fez parte de grupo que quebrou o recorde mundial de maior número de bailarinas na ponta do pé ao mesmo tempo

  • 29/04/2025
(Foto: Reprodução)
Julia Felippi era uma das 353 bailarinas que estavam no evento organizado pelo Youth America Grand Prix (YAGP), famosa competição de bolsas de ballet americana. Grupo superou a marca de 2019, quando 306 bailarinas fizeram passo simultaneamente. Bailarina paranaense que fez parte de grupo que quebrou recorde conta com foi experiencia Com apenas 3 anos, Julia Felippi dava seus primeiros passos na dança em Cascavel, no Oeste do Paraná. O que ela não imaginava era que com 21 anos o ballet faria ela entrar para o "Guinness World Records", o livro dos recordes. A menina que sonhava em ser astronauta, mas mudou de ideia depois de ver uma matéria do Fantástico, estava entre as 353 bailarinas que, simultaneamente, ficaram por 1 minuto na ponta dos pés em 2024. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram O evento foi organizado pelo Youth America Grand Prix (YAGP), famosa competição de bolsas de ballet americana. O recorde anterior era de 306 bailarinas e tinha sido alcançado em 2019. A bailarina, hoje com 22 anos, integra a companhia americana The Joffrey Ballet School, em Nova Iorque. O convite Bailarina paranaense está entre as 359 meninas que bateram recorde Arquivo pessoal De acordo com Julia, o convite para participar do evento chegou no dia anterior e com poucas informações. "Eles só falaram 'tragam as pontas, tragam seu tutu de bailarina e um collant branco'", conta Julia. Sem muitos detalhes, ela achou que se tratava de um ensaio fotográfico. Só quando chegou ao local, percebeu que havia muitos dançarinos famosos e mais de 300 bailarinas, todas vestidas como ela: de tutu e collant branco. "Nós recebemos um número e eles colocaram 40 pessoas para ficar ao redor de onde as bailarinas estavam, porque se alguém descesse das pontas, o recorde já não era mais quebrado", conta. Segundo ela, uma jurada do Guinness estava em um lugar mais alto, junto com outros bailarinos famosos, todos assistindo para se certificar de que o recorde realmente seria quebrado. O cronômetro iniciou a contagem. "É um minuto, tomara que ninguém desça das pontas, é uma ansiedade, né? Todo mundo estava com aquela adrenalina de 'será que vai dar certo?' Porque é muito legal. A gente vê nos filmes e fazer parte foi uma experiência muito interessante e divertida." conta. Ao final da contagem, a jurada anunciou que o recorde tinha sido quebrado. E Julia ganhou uma história para contar. "Sabe quando as pessoas te pedem: Fala um fato interessante sobre você. Eu posso falar que eu estou no Guinness Book", comenta. O trajeto antes do Guinness Julia ainda criança em Cascavel, oeste do Paraná Arquivo pessoal A bailarina nasceu em Cascavel e, com 11 anos, após ser aprovada na Escola do Teatro Bolshoi, foi morar em Joinville, em Santa Catarina. Na cidade fica a única escola Bolshoi fora da Rússia. A companhia é considerada uma das maiores do mundo da dança. "Eu lembro de ter visto um vídeo do Bolshoi no jornal. Minha mãe chegou em casa e eu falei: 'Eu quero dançar com eles'", conta. Em 2012 ela participou da seletiva nacional que ocorre anualmente no mês de outubro, mas não foi aprovada. Não se desmotivou. No ano seguinte, tentou novamente e conseguiu a vaga. De acordo com ela, a família inteira se mudou para a cidade catarinense para que fosse possível seguir o sonho da bailarina. Apesar das dificuldades, desistir nunca foi uma opção. "Geralmente quando eu chegava em casa moída, mal conseguia caminhar, minha mãe olhava e falava: Tem certeza de que é isso que você quer? Mas a resposta era sim" , conta Julia. Bailarina se mudou sozinha para os Estados Unidos Arquivo pessoal A mudança para os Estados Unidos era outro sonho de infância para Julia. A oportunidade surgiu em janeiro de 2021, quando ela foi fazer um curso de férias em São Paulo. Uma professora da companhia americana estava dando aulas e realizando audições. Duas semanas depois de participar de um teste, ela recebeu a confirmação de que tinha sido aprovada para fazer aulas no conservatório em Nova Iorque. A mudança aconteceu em 2022 e hoje ela tem uma rotina intensa de aulas, de segunda a sexta. O trabalho não para durante o fim de semana: aos sábados pela manhã, ela ensaia com o grupo. "É aquela coisa de acreditar que todos os sonhos são possíveis. Não tem isso de barreiras e limites, é acreditar que uma hora dá certo, né? Porque eu nunca imaginaria que de Cascavel eu chegaria em Nova Iorque", explica Felippi. "É uma carreira difícil e complicada, você muitas vezes está longe da família, dos amigos, a rotina é puxada, tudo dói... Mas entrar no palco, poder me expressar, é muito recompensador", afirma a bailarina. A dança como elo entre gerações Paranaense fala sobre recepção do público em apresentações Ao chegar sozinha em terras americanas, ela fez amizade com pessoas da igreja que passou a frequentar, muitos deles idosos. Ela conta que convidou uma amiga, de 80 anos, para assistir a uma das apresentações. "Era uma apresentação mais contemporânea, então eu estava com um pouco de medo do que ela ia achar, porque não tem história, né? É mais giro e saltos, é perna alta..." Segundo ela, ao final do espetáculo, a senhora a estava esperando com um buquê de rosas, chorando e falando como o espetáculo foi lindo. "Ela disse: 'eu quero assistir de novo e de novo'. É muito recompensador isso de poder tocar as pessoas", destaca. Lago do Cisnes de frente para o Oceano Bailarina paranaense se apresentou em frente ao mar Arquivo pessoal Segundo ela, um dos momentos marcantes que viveu nesse período em que está nos Estados Unidos foi quando, por meio do YAGP, ela dançou o espetáculo Lago dos Cisnes enquanto o sol estava se pondo, na praia. "É uma das memórias que eu guardo para mim, porque é um balé tão lindo e você tá dançando com o oceano sendo o seu fundo. É tão poético, tão bonito", conta. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2025/04/29/paranaense-fez-parte-de-grupo-que-quebrou-o-recorde-mundial-de-maior-numero-de-bailarinas-na-ponta-do-pe-ao-mesmo-tempo.ghtml


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